- Sobre -
Lili Fujiy, 42 anos, é escritora deste blog. Fotógrafa e Foodstylist.
Formada em design e em economia, dona de casa e, desde 2021, tem vivido os desafios da maternidade com Yasmin. Ama fotografia mais do qualquer outra coisa na vida. Já quis viver de fazer sorvetes. Mas gosta mesmo é de tirar tarot para as amigas.
Se inspira no cotidiano, nas coisas mais simples, como o vapor que sobe do café coado em pano. Cultiva silêncios e pausas, enquanto a vida passa sem pressa, no meio das montanhas. Vive com o companheiro, a filha, e mais 4 cachorros: Penny, Jack, Pitta e Gorda.
Em 2013, criou este blog com a intenção de compartilhar idéias e histórias sobre como deixar sua vida diária mais rica! ♥.
E, desde então, não parou mais.
Ser dona de casa.
Quando comecei esse blog, esse era o meu dilema. Ser dona de casa. Abandonei carreira, diploma e salário com bônus no final do ano. E não tinha a menor idéia do que ia viver. Só sabia que, como muita gente, não sabia cuidar de casa, das coisas básicas do dia-a-dia. Foi o que tinha sobrado.
Aprendi a cozinhar aos quase 30, com minha sogra argentina, a D. Stella. Eu era o desastre das panelas e das assadeiras. Fui aprendendo a cuidar da casa, das pessoas ao meu redor, e a gostar dessa vida. Percebi o trabalho que dá ser dona de casa, trabalho ingrato e invisível. Mas ao final do dia, a mesa posta, o cheiro de caldo, a torta de banana, os arranjos de flores pela casa, me recompensavam com algo que eu até então não tinha percebido como valor.
Então, se você me perguntar hoje sobre ser dona de casa, vou continuar a te dever uma resposta. Só sei que foi nesse dilema, que aprendi a cozinhar de bolo a risoto, a fazer sorvetes artesanais, a ilustrar, e a trabalhar com fotografia. Mas o que era antes falta de alternativa, se tornou solução. Talvez a melhor delas.
Sei do lugar de privilégio que ocupo, por ter tido a oportunidade de fazer minhas escolhas, e por isso, reconheço o tom romântico quando descrevo minha vida. Mas sei também da revolução pessoal e do ato de independência que foi, para mim, aprender a cozinhar. E mais do que isso, o poder de agregar pessoas ao redor da mesa e de alimentar nossos afetos ao traduzir memórias em receitas.
Cotidiano no mato.
Em janeiro de 2018, me mudei oficialmente para a zona rural, numa casa no meio das montanhas, na Serra da Mantiqueira. Hoje, minha vida tem fogão a lenha, barro nos sapatos, barulho de pintinhos quando acordo, e banho de cachoeira gelada de vez em quando. O cotidiano é outro, tem recortes orgânicos, e a pressa aqui não vale muita coisa.
Estar no meio da natureza tem feito com que eu repense nas minhas escolhas, em como consumir diferente. Os impactos que a gente tem causado no nosso planeta e a vida de excessos que a gente criou, não são sustentáveis, não são saudáveis e não trazem felicidade. É um desperdício de vida em todos os sentidos. Quero buscar um cotidiano mais honesto, em sintonia com o lugar que eu vivo. Espero que você me acompanhe por aqui.
Cultivo pausas e silêncios numa vida simples nas montanhas.
O que eu mais gosto de compartilhar por aqui? Tudo começou com as receitas, mas se eu pensar bem, na verdade, elas foram apenas um desvio. No fundo, sempre foi sobre pausas reconectivas e sobre o conforto do silêncio.
Faço aqui uma ode à simplicidade, de celebrar momentos cotidianos. Traduzo coisas em gestos, junto tudo numa foto, cultivo afetos atemporais, numa estética em busca de refúgio. Voltemos aos essenciais que nos conectem aos básicos.
Meu estilo? É o de acolher e desacelerar. É o de conviver para compartilhar, da cozinha para o amor.
Minha receita principal é: cultive um tempo para olhar pro céu uma vez ao dia, sente-se à mesa para comer e celebrar. Nunca esqueça-se dos amigos. Leia livros.
Minha dica é: não ache que sonhar está fora de moda, e saiba que um pouco de poesia é necessária, todos os dias dessa vida. Compartilho estórias, que não têm enredo ou narrativa, mas espero que te façam recordar lembranças adormecidas.
Então, se você decidir navegar pelas receitas, espero que se perca entre várias, e no final decida não fazer nenhuma, porque bateu uma preguiça gostosa e você não quer desperdiçá-la. Ou que decida fazer um bolo, mesmo substituindo ingredientes que você não tinha na sua despensa. Dedique horas arrumando a mesa, enquanto ele assa no forno e seu cheiro doce se espalha pela casa. Coloque para esfriar na grade, ao lado da janela e lembre-se: se a vida vale a pena é apenas por causa dessa espera silenciosa.
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Foram 10 anos compartilhando, nesse espaço receitas, histórias, fotografias e outras cositas más, de forma inteiramente gratuita. A partir desse ano, para que a criação de conteúdo possa continuar a acontecer de forma criativa e autônoma, criei uma área exclusiva para assinantes.
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Muito obrigada!
Curso de Fotografia & Food Styling Online
Desde a criação desse blog, eu queria reproduzir mais do que receitas; queria o lirismo das histórias de afeto, o conforto da mesa compartilhada, o silêncio e a calmaria da vida desacelerada no mato.
Entendi que a fotografia seria uma ferramenta poderosa para comunicar o que eu sentia, mas precisaria dominar a luz natural e criar cenários que abarcassem meu próprio contexto e minha própria linguagem. Foi um caminho longo de aprendizado, dedicação e inspiração, até conseguir criar um trabalho autêntico.
Hoje, tenho confiança no que faço e alegria em compartilhar meus acertos, minha experiência, minha intuição e aquilo que acredito de verdade.
Se você tem interesse em aprender comigo, venha fazer parte da minha turma.
E-books de Receitas de Sorvetes Caseiros
Minha paixão por sorvetes me fez investir, em 2015, num curso para criar minhas próprias receitas - na época eu queria abrir uma sorveteria. A vida seguiu, os planos furaram, mas eu passei a fazer sorvetes em casa, sempre que posso.
Depois de publicar dezenas de receitas por aqui, decidi criar dois e-books com receitas exclusivas (7 em cada um), para compartilhar meu amor por sorvetes e, quem sabe, te convencer a fazer na sua casa também:
* Todos os layouts, textos e imagens deste blog, foram criados exclusivamente para { Dona da Casa! } blog e possuem direitos reservados. Eu adoro compartilhar informações e amo quando outros curtem meus posts e fotos. No entanto, eu peço para que não os utilizem sem autorização prévia, ou sem a declaração dos devidos créditos. Toda reprodução do conteúdo da “Dona da Casa!” deve ser creditada e linkada ao post original.
do·na |ô|
(LATIM DOMINA - AE)
SUBSTANTIVO FEMININO
1. Tratamento e título honorífica
2. [Antigo] Senhora nobre. = DAMA
3. Senhora; proprietária.
4. [Brasil] O mesmo que esposa.
5. [Informal] O mesmo que senhora.